quinta-feira, 15 de maio de 2014

SAINDO DO COMUM...



Paz do Senhor amados


"Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo". 1 Co 7:22





O milagre mais lindo e intrigante registrado pela bíblia sagrada é sem dúvida, a tal maneira que Deus escolheu para fazer de qualquer escravo, alguém incrivelmente livre; e isso mediante a entrega de Jesus.

Estávamos fadados a escravidão angustiante e desesperançosa, acorrentados pelo pecado inevitável, no calabouço dos costumes e tradições, aos poucos rendíamos a escuridão constante, já que esperar pela luz nem era uma opção... até que a luz raiou, foi o fim de toda dor, descobrimos a liberdade, descobrimos um mundo de cores, gestos, notas e sabores, com a liberdade veio o aprendizado, o crescimento, o ilimitável.

Às vezes tento mensurar o tamanho desse amor, nesse exercício percebo que ao passo que evoluo no meu entendimento, também cresce a amplitude desse amor, ficando cada vez mais incompreendível. Cada constrangimento causado pelo amor de Deus, serve para mim como uma catapulta que me lança ao limite da gratidão, e vou buscando, e aprendendo, e amando, e dispondo, e servindo...

A pergunta que me faço constantemente é: Será que tenho transformado minha gratidão em atitude, ou faço dessa gratidão meu repouso?

O amor de Deus é tão grande que se eu simplesmente crer em meu coração e confessar que decidi aceitar o chamado feito na cruz de sair da escravidão eterna, usando a filosofia e o relativismo para justificar minha inércia e meu ostracismo, Ele continua me amando sem nem sequer cogitar a possibilidade de alterar o que foi feito e nem o que fará.

Outrossim, continuo fazendo a mesma pergunta.

Como se não bastasse todo o amor que Jesus nos laçou, ainda fez um segundo chamamento, agora com os já livres, os que gozam dessa liberdade e jamais desejarão ser escravos novamente. É aí que saímos do comum, os que assim o fazem geralmente possuem características semelhantes: são ousados, altruístas, não jactanciosos, acreditam que o amor que recebem de Deus é tão intenso que chega a ser transbordante e não admitem o desperdício desse transbordar, entendem o que diz Isaias 11:1, que o renovo sempre frutificará, regados por esse amor...

Desejo que você pense nisso, saia do comum, repute por perda tudo o que ganhou para ganhar a Cristo. 

Sempre estaremos em dívida com esse amor e, apesar de ser impagável, vamos juntando nossos ganhos, ao ponto disso ser tão natural que não pensaremos mais nisso, transformaremos nossa vida numa humilde entrega, todo pensamento secundarizará, as prioridades serão outras, a vida terá outro sentido (a nossa e a dos outros), a saudade dará lugar a missão, o que guardaremos será nosso coração, "pois dele procedem as saídas da vida", o choro regará a estrada solitária de quem decidiu andar com Jesus, descobrindo logo que nunca esteve só; saindo do comum, mas saindo também das intermináveis idéias que não fecham, que não edificam, saindo de onde não deveríamos ter entrado, de onde fomos levados a entrar, o comum é paralisante, é infeccioso, é estorvante.

Como é livre alguém que é servo desse Deus. Nesse caso o servo ama tanto seu Senhor que procura fazer de tudo para agradá-lo, nesse anseio até comete alguns exageros, mas quando pensa que servir é adorar, logo conclui que ainda poderia ter feito um pouco mais, que poderia ter se dado ainda mais.

Lembro-me da épica cena de um filme: "A lista de Schindler" (Estiven Saillian), no momento em que Oskar Schindler junta todos os judeus comprados e alocados em sua fábrica, os que receberiam o milagre de serem livres, demonstram sua gratidão ao presenteá-lo com um anel gravado com a frase: "Aquele que salva uma vida, salva o mundo inteiro", ele pega o anel e tem um momento de auto condenação quando pensa ser um egoísta, pois conclui que seu carro poderia ter sido vendido para comprar mais judeus e salvá-los, disse que um carro poderia ter salvado 10 pessoas, o anel que ganhara, mais 2 pessoas; guardadas as devidas proporções, é assim que me sinto em relação ao que poderia fazer e ainda não fiz (http://youtu.be/RaZVqMOzpQY)

Não foi comum alguém morrer por nós sendo nós ainda pecadores...
















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