sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Será que eu iria?


"Porque, tendo sido por muitas vezes presos co grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar". Mc 5:4-5

Infelizmente vivemos hoje um evangelho segundo nós mesmos, parece que criamos uma nova modalidade para facilitar a compreensão de um evangelho que tem como função principal anunciar que há uma boa e nova notícia; e que fala por si só.
Dizemos que amamos a Cristo, que somos cristãos, seguidores, entre outros epítetos, porém na hora de copiar a Jesus, humanizamos as promessas e canonizamos os deveres.
Jesus entra num barco com os discípulos tendo que lidar com olhares desconfiados dos judeus, uma tempestade, a falta de fé e posteriormente a desconfiança dos discípulos, pois se tratava de uma terra excomungada, além de enfrentar a fúria de um homem que tornara-se possuído por espíritos imundos, andava nu em um cemitério com pedaços de correntes por todo corpo, gritando e se ferindo com pedras.
Chama a atenção o fato de ter sido por muitas vezes preso com grilhões e cadeias. As escrituras não citam a razão pela qual alguém tentou prendê-lo com grilhões, porém menciona que ninguém o podia amansar, o que nos dá a entender que, independente das razões da tentativa, era uma boa intenção e Jesus em momento algum despreza esse esforço.
Talvez no primeiro momento a família tentou acalmá-lo, não conseguindo recorreram aos amigos, que por sua vez as autoridades, sem sucesso levaram-no ao cemitério; esse era um lugar impuro de um judeu pisar, os moradores da região de Decápolis, onde se situava Gerasa e nela o cemitério, não tinham os mesmos costumes dos judeus, mas uma coisa é certa, cemitério não era e não é um lugar agradável de alguém ir,mesmo assim, alguém enfrentou todo o misticismo desse lugar, o medo do possuído, a rejeição da sociedade para amansá-lo e dar uma oportunidade dele retomar a consciência e voltar a si.
Em meio àquele lúgubre lugar uma centelha divina raiou em meio a escuridade, era um simples barco, com uma simples tripulação, porém com A luz da vida como tripulante, que desfez as obras que o inimigo pensou ter patenteado, mas que esqueceu-se que o verdadeiro autor nunca deixaria sua obra prima nas mãos de ninguém, Ele continua sendo o dono.


Através da velocidade e acessibilidade das informações, sabemos onde estão os Gadarenos, os lugares anátemas e também o caminho mais rápido para chegarmos até eles; será que temos CORAGEM para deixarmos de usar a frase: essa não é minha praia para desculpas e passar a usá-la para ser solução, ENFRENTAR a desconfiança dos formadores de opiniões de quem não tem amor, FÉ para suportarmos nossas tempestades particulares, DISPOSIÇÃO para sermos levados onde Deus preparar, LUZ para clarear a escuridão da solidão, AUTORIDADE para libertar no nome de Jesus e HUMILDADE para aceitar que talvez esse filho de Deus não seja frequentador de nossos cultos?


Será que eu iria com Jesus...

2 comentários:

  1. Continue escrevendo e mande sempre para o nosso deleite espiritual ,

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  2. Parabéns pelo blog Isac...já começou arrasando pela foto da sua linda família. :D

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É muito bom ter vocês com meus amigos